segunda-feira, 4 de abril de 2011

Biber - Missa Bruxellensis

Heinrich Ignaz Franz von Biber (1644 - 1704), Missa Bruxellensis a 23 vozes. Uma das missas mais espantosas do barroco de Salzburgo.
Data e Local da gravação: BBC Proms - 10 de Agosto de 2004, Royal Albert Hall

Maestro: Paul Goodwin
Solistas:
Emma Kirkby (soprano)
Joanne Lunn (soprano)
Michael Chance (contra-tenor)
Tim Mead (contra-tenor)
Rufus Müller (tenor)
Robert Murray (tenor)
Michael George (baixo)
Stephen Richardson (baixo)

Kyrie


Gloria
 

Credo
 

Sanctus e Benedictus
 

Agnus Dei

2 comentários:

Nuno disse...

Olá Bernardo,

Muito boa música tem aqui divulgado. Permita-me também partilhar a referência para uma obra notável que irá ser apresentada nos próximos dias 14 e 15 de Abril na Gulbenkian, o Requiem de Duruflé (para além do não menos notável Stabat Mater de Poulenc).

Apresento a versão normal orquestrada:
http://www.youtube.com/watch?v=fOFkwRNY9qw&feature=related

E apresento aqui uma outra, a que me levou, no fundo, a fazer aqui referência à obra em si, uma gravação feita na Saint Peter's Catholic Church, South Carolina:
http://www.youtube.com/watch?v=_PhmR2ugF_E

Esta última é ainda mais comovente, pois é um excelente exemplo do que é possível fazer numa paróquia perfeitamente comum, onde a beleza e grandiosidade da música servem a beleza e a grandiosidade da Graça.
Comove por dois motivos: pelo empenho e entrega, absolutamente notáveis, com que a obra é interpretada, e pela disparidade tão elevada entre esta realidade e a que nós temos por cá. Deixou-se degradar o nosso contexto musical litúrgico a níveis inconcebíveis, empolando-se, incompreensivelmente, e sobretudo nos "grupos de jovens", uma cultura de música pífia, sensaborona, de uma superficialidade que chega a desrespeitar o Mistério que em teoria devia servir.


Abraço,

Espectadores disse...

Obrigado, Nuno. Já conhecia o Requiem de Duruflé, mas não esta interpretação na Saint Peter's Catholic Church. É como diz: é a prova de que se pode fazer música sacra com qualidade. Infelizmente, perdeu-se muita cultura litúrgica e musical, e é algo que não se recupera de um dia para o outro. A música dos grupos de jovens que o Nuno refere está, realmente, generalizada. Eu próprio já toquei guitarra em missas, segundo esse formato musical demasiado ligeiro para a sacralidade do rito. Mas não conhecia mais nada. E o desafio passa por manter o entusiasmo e a adesão de fé desses jovens, mas incutindo-lhes o gosto e o conhecimento da música sacra. Penso que já passámos a pior fase do pós-Vaticano II, e que já estamos numa rampa ascendente de redescoberta do nosso património.

Um abraço!